sábado, 18 de abril de 2009

2 comentários:

  1. O objectivo é claro: “entrecruzar o percurso de Raul Brandão em 1924 com a actualidade, evocando a passagem do tempo entre o ontem e o hoje, as mudanças sociais oitenta anos depois, mas também aquilo que permanece essencialmente imutável na natureza das ilhas”.

    Mais uma reportagem que não mostra aquilo que os Açores realmente tem. As imagens de solidão, subdesenvolvimento, tristeza e a ideia de que a terra está sempre "virada de costas para o mar", continuam a informar mal as pessoas que procuram conhecer um pouco esta realidade ou contentar as que já conhecem.

    Uma coisa é a natureza que parece intacta após a passagem dos descobridores, que pouco ou nada mudou. Outra, completamente diferente, é a parte social que, ao contrário do que fazem parecer, sofreu alterações!
    No Corvo já não se recebem cartas só de 3 em 3 meses, faltou mostrar o que se alterou.
    Nas Flores há carros, há pessoas que nasceram mesmo lá... Não é só cascatas, água, ribeiras, folhas "a pingar a água que lhe pesa".
    Por sua vez, na Graciosa (ilha que desconheço), não acredito que haja só pessoas e carros! Não existe apenas uma família de professores que acreditam que a Graciosa tem este nome por causa dos "ventos amenizantes", ou lá como a senhora disse. Diz ela: "Nasci nesta casa... A casa da minha mãe e da minha bisavó! Fui para São Miguel tirar um curso de liceu "(vejam bem).
    Parece-me que isto não interessa para nada no contexto dos objectivos da reportagem... mas pronto.
    Acho que falhou em dois aspectos: não mostrou bem as mudanças sociais decorridas nos últimos 80 anos nem glorificou significativamente a natureza açoriana.

    Vamos lá ver se nos próximo episódios não falam só dos vulcões, das touradas e das Furnas.

    ;)

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